Uma explosão de grandes proporções atingiu o porto de Beirute, no Líbano, nesta terça-feira, 4. Segundo a imprensa local, as forças de segurança e o ministro da Saúde, Hamad Hassan, a explosão ocorreu em um armazém que estocava fogos de artifício. Há relatos, não confirmados, de uma explosão secundária no centro da capital.
Imagens nas redes sociais mostram o armazém pegando fogo com luzes, parecidas com as de rojões, acendendo e apagando rapidamente. Logo depois o local é consumido por uma explosão.
Segundo a emissora LBC, Hassan disse que a explosão deixou um “grande número de feridos”. O ministro da Saúde informou que todos os hospitais da cidade foram instruídos a receber os feridos.
“Vi uma bola de fogo e fumaça sobre Beirute. As pessoas estavam gritando, correndo e sangrando. Varandas de prédios foram destruídas. Vidro de prédios altos caíram e quebraram na rua”, disse uma testemunha da detonação à Agência Reuters.
Caldeirão de Problemas
O Líbano vive hoje uma situação política, social e econômica grave. Após protestos em 2019, um novo governo foi formado com a proposta de implementar medidas que salvassem o país da crise.
Além disso, as explosões ocorrem na mesma semana em que o Tribunal Especial para o Líbano (TSL), com sede em Haia, apoiado pelo governo e pela Organização das Nações Unidas (ONU) dará o veredito sobre o assassinato do ex-Primeiro-Ministro Rafic Hariri, em 2005.
Os réus são suspeitos de integrarem o braço armado do Hezbollah, que dentro do país é um partido político, e, 15 anos após o assassinato, continuam soltos. Junto de Hariri, outras 21 pessoas morreram quando um carro bomba explodiu.